segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Synergy Depeche Mode Party @ Pitch Club, Porto - Reportagem

Com um atraso significativo, pelo qual este vosso escriba se penitencia, venho deixar-vos algumas linhas sobre a Synergy Depeche Mode Party do passado dia 23/7.

O Pitch Club, no coração do centro da Invicta, acolheu a festa, para a qual me dirigi entusiasmado por rever amigos como António Jorge, da organização, Pedro Grenha e o DJ principal da noite, acompanhado de toneladas de CD's e vinis da melhor banda do mundo (que eu tive de ajudar a transportar), "my own personal guru", Alex FX!

Um DJ da casa abriu as hostilidades no piso superior do Pitch com o "Ultra", boa rampa de lançamento para uma noite que prometia ser memorável. E pouco depois, Alex FX toma conta dos gira discos e começa a desfilar a parafernália de electrónica que trouxe à festa. Kraftwerk e Aphex Twin foram algumas das bandas que se ouviram juntamente com a melhor banda do mundo. Desta fase, destaco alguns velhos clássicos como "Love, In Itself" ou "Master and Servant (reproduzidas a partir dos respectivos maxis originais, que o Sr. Alex FX não faz a coisa por menos).

Já para lá das duas da manhã, descemos à pista do Pitch Club e aí teve continuidade um verdadeiro "clinic" de música electrónica de alto gabarito. Alex FX fez ecoar nas paredes do Pitch canções de bandas tão distintas como o som cru e industrial dos Nitzer Ebb (Control, I'm Here), Electronic Body Music dos Front 242 (Headhunter) e a inevitável influência dos pais fundadores da electrónica que são os Kraftwerk (Tour de France) até à mais pura pop electrónica dos Ultravox (White China), pontuada por algumas incursões numa onda mais techno promovidas por António Jorge e das quais destaco o som dos VNV Nation.

Voltando aos sons das melhor banda do mundo, Alex FX teve a bondade de brindar os presentes com uma dose bem generosa de clássicos da melhor banda do mundo, intercaladas com algumas remisturas escolhidas a dedo. Behind the Wheel, Master and Servant, Everything Counts, Stripped e muitas outras...(julgo que a minha memória não me atraiçoa...)

Já por volta das 6h30m, registo o curioso facto do Alex FX ter encerrado a noite com "Goodnight Lovers" e "Waiting For The Night", as canções de encerramento da "Touring the Angel" e da "Tour of the Universe". Uma agradável e bem conseguida surpresa.

Fica por aqui a minha escrita, deixando-vos um pequeno teaser de um dos momentos altos da noite, em que a Holden remix de "The Darkest Star" se fez ouvir. Uma remix que se estranha, mas que se entranha...



O vosso homólogo "devotee" e repórter de ocasião,

Carlos Gomes

2 comentários:

Pedro Grenha disse...

Olá a todos devotees!

Fantástica, a tua crónica, Carlos e mais Ultra Fantástica foi a nossa festa DM.

Quero também salientar que no piso superior do Pitch o Alex tocou uma versão "live" de um clássico do Gary Numan (projecto Tubeway Army) chamado "Are "friends" Electric"? que a meu ver é intemporal.

O Alex refere que o momento alto foi DM, "The Darkest Star" a remix de James Holden, exactamente o extrato vídeo que o Carlos colocou, e eu vou ter que concordar parcialmente, porque na realidade (creio que já tinha comentado com o Carlos) eu tenho o máxi 12" e é fora de série, embora não sendo de audição fácil, como já foi dito vai se entranhando, já agora a versão Dub também é bastante interessante.

Obrigado Alex, Carlos e a todo o pessoal da organização do Pitch foram todos 5 estrelas. Uma noite memorável com "the best band of the universe!"

Keep devoted!!!

alex fx disse...

Olá a todos!

Eu é que tenho a agradecer o facto de ter podido consumar um DJ set quase que dedicado a 100% aos DM e poder contar com a vossa presença.

Quando refiro a remix do James Holden como o ponto alto, digo-o num sentido particular, porque é talvez a única remistura para um temas dos DM (pós-Wilder) que me tira verdadeiramente do sério e me coloca num estado hipnótico desde a 1ª audição; agora quando lhe somas a qualidade de som na sala principal do Pitch... ui!

Até foi fácil reparar que o tema a ter mais reacção do público foi a remistura do Ricardo Villalobos para o "Sinner in Me" que, não sendo de toda uma das minhas favoritas, funciona sempre muito bem em pista e é facilmente reconhecida pelos "pseudo-minimalistas". Enfim, há que saber dar para poder receber.

Há-de me ficar sempre o pequeno amargo de boca por não ter levado os mesmos discos na altura da outra festa (quando o concerto do Porto foi cancelado). Aí sim, era para partir aquilo ao meio.

Ainda assim, chegarmos até às 6.30 da matina foi uma maratona que anseio por repetir.

Obrigado ao Carlos Gomes pela dedicação, amizade, palavras e arcaboiço para me ajudar com a parafernália de discos e tecnologia a serem carregados entre viaturas e local.

Granja, obrigado tb pelo apoio e palavras.

Devotees, vocês "rockam"!


ab_alex