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Depeche Mode @ O2 Arena, London – 20 de Fevereiro de 2010

O vosso escriba voou para Londres com o propósito de assistir ao concerto da melhor banda do mundo no passado sábado e fê-lo sem bilhete para o concerto. Um dos meus amigos devotees em terras de Sua Majestade Raínha Isabel II teve a amabilidade de guardar bilhete para mim e os meus dois companheiros de viagem.
Chegados a Londres e cumprida a parte turística da viagem com umas fotografias sobretudo a partir de Waterloo Bridge, havia que rumar de vez à Meca do dia, a O2 Arena. Feito o check-in no hotel, após uma primeira passagem pela O2, regressamos para ficar.
Chegamos e vimos logo à entrada esta bela e inspiradora imagem, pedra de toque para uma noite memorável...
Entrados no edifício, deparamo-nos com um verdadeiro centro comercial, à grande e à francesa, mas em Inglaterra...
Chegaram os rectângulos mágicos, aproveitei para conhecer finalmente muitos devotees pessoalmente até que...chegou a hora de entrar na sala do espectáculo, similar ao Pavilhão Atlântico, na configuração e na capacidade, onde estivemos colocados bem no fundo do anel superior da arena...Bastante longe da vista, mas sempre perto da emoção, estiveram os DM...
Por volta das 19h30m, sobem os Nitzer Ebb ao palco e brindam os presentes com um excelente aquecimento para Depeche Mode. Com uma grande presença em palco e a sua batida agressiva e crua, deram um concerto que eu, como grande fã da banda, apreciei imenso, até porque foi a primeira vez que vi Nitzer Ebb em concerto. Soube muito bem ouvir velhos clássicos como “Control I'm Here” e “Getting Closer”, bem como as canções do último álbum “Industrial Complex”, impecavelmente trabalhadas e interpretadas por esse nome maior da música industrial que são os Nitzer Ebb.
Mas, sem mais delongas, passarei ao concerto da melhor banda do mundo...Que concerto, senhoras e senhores, que concerto! Memorável, inolvidável com um Dave em grande forma, sem apresentar os problemas de voz que já se lhe ouviram noutros concertos e um Martin que, para gáudio dos devotees, fez uma vez mais gala em espalhar uma magia sem par. Vintage Martin...
O poder de “Wrong”, “Walking In My Shoes e “A Question Of Time” a par da elegência de “World In My Eyes” e desse (mais um) hino em que se tornou “It's No Good” levaram os fãs para oprimeiro momento mágico do Sr. Martin Lee Gore...
Que delícia ouvir “Freelove” com o Martin na voz e na guitarra, logo seguida de “Home”, essa canção que parece ter-se tornado (e ainda bem) a canção do Martin, considerando que foi interpretada em todos os concertos desta digressão.
Dave regressa e arrasa, sobretudo com o quarteto de canções “In Your Room”, “I Feel You”, “Enjoy The Silence” e Never Let Me Down Again”, seguindo-se a tradicional pausa antes do encore.
Regressa o Sr. Martin Lee Gore para deixar-me boquiaberto com “A Question Of Lust”. Absolutamente celestial...Não há adjectivos que façam justiça ao encantamente com que o Martin tem agraciado os fãs nesta tour.
Segue o encore com os parabéns a você a Peter Gordeno (imerecidos, diga-se...) e o fecho com chave de ouro ao som de “Stripped”, “Behind The Wheel” e “Personal Jesus”.
Em suma, um concerto quase perfeito...Quase, porque houve alguns pequenos pormenores que não saíram bem...Parece-me que alguém se esquecer de carregar no “Play” no momento certo para passar a projecção da “Walking In My Shoes” na devida sincronia com a canção, houve a certa altura um “feedback” muito manhoso e também mais uma triste ideia do Sr. Peter Gordeno, que teve o desaforo de fazer uma pausa durante a “Home” com a qual o Martin não contava e que me pareceu deixá-lo visivelmente desiludido...
Enfim, nada que deslustre uma noite de sonho, da qual espero que os leitores fiquem tremendamente invejosos... ;-)
Resta-me deixar os meus agradecimentos aos meus companheiros de viagem Sandra Martins e Luís “Easy Tiger” Costa pela companhia e pelas fotografias que ilustram esta crónica.

Saudações devotas!

By: Carlos Gomes